GROOVE - ACADEMIA DE ARTE ARCANA




GROOVE


Academia de Arte Arcana


ILHA DA GIGOIA 37



ESTACIONAMENTO no SHOPPING BARRA POINT, AV. ARMANDO LOMBARDI 350

INFORMAÇÕES: 3073-6110/9880-2001/ 9252-4133







2.7.08

SÍMBOLOS - A LINGUAGEM DO ESPÍRITO


A linguagem do Espírito

O homem só se comunica por símbolos. Cada palavra, cada gesto representa uma idéia, uma emoção, um fenômeno da natureza. A ciência dos símbolos está na base de todos os pilares do conhecimento humano, seja a ciência, a religião, a filosofia ou a arte. Mas é no chamado conhecimento oculto ou esotérico que o símbolo atinge sua dimensão maior. O símbolo é considerado um microcosmo daquilo que representa, contendo em si, em estado latente ou potencial, toda a força e a energia da idéia que lhe deu origem.


O símbolo é uma figura, pintura, escritura, ser vivo, forma alegórica, emblema ou objeto ao qual se atribui uma significação convencional. O símbolo nasce da necessidade que o homem tem de atribuir um significado ou dar identidade a cada coisa externa – ou interna – que ele experimenta. Só após atribuir um significado a um fenômeno experimentado, o homem é capaz de comunicá-lo a seu semelhante. Por isso, toda a palavra e todo gesto constituem símbolos. Quando nos relacionamos com os outros, ou quando desenvolvemos um diálogo interno, estamos sempre usando símbolos. Só que, em geral, não temos consciência disso.
A palavra símbolo, etimologicamente, vem do grego sumballein, que significa “ligar” ou “atar junto”. Um sumballon era sinal de reconhecimento; por exemplo, um objeto cortado em duas metades, cujo confronto permitia aos portadores de cada parte se reconhecer sem jamais se terem visto antes.
Um símbolo, como representante de uma idéia ou de um grupo de idéias, trabalha em nossa mente por um mecanismo de associações. Uma nuvem escura e carregada, por exemplo, é um símbolo natural: imediatamente nos sugere chuva ou tempestade. Existe, também, uma outra vasta categoria de símbolos chamados artificiais: a matemática, por exemplo, com suas cifras, é uma ciência que se expressa através de símbolos artificiais.
No Oriente e no Ocidente, o simbolismo é parte essencial da cultura tanto na área cientifica como na religiosa, na filosófica e na artística. Particularmente nas últimas décadas tem ocorrido notável incremento do interesse pelo estudo dos símbolos, graças principalmente às pesquisas psicológicas sobre o inconsciente. Tais pesquisas são direcionadas tanto na área dos sonhos como das visões e da psicanálise, e também, indiretamente, na arte e na poesia.
Uma importante moderna escola psicológica, a Gestalt, defende a idéia antiga da autonomia de “fatos e expressões” e os paralelos entre os mundos físico e espiritual. Essa escola retorna ao princípio da “Tábua Esmeralda”, a base do conhecimento hermético ou alquímico, segundo a qual “tudo aquilo que está em cima é igual ao que está embaixo”. Isso quer dizer que na equação macrocosmo-microcosmo está implícita a possibilidade de explicar o primeiro pelo último e vice-versa.
Carls Jung levou em conta pelo menos uma dessas duas possibilidades ao elaborar a sua teoria dos arquétipos, onde o mundo é explicado através do homem. Isso é lógico, já que o arquétipo – que é universal, de tipo mítico – não decorre de formas, figuras ou seres objetivos, mas têm sua origem em imagens internas do espírito humano, imagens emanadas das profundezas turbulentas do inconsciente. Essas manifestações espirituais são, para Jung, os frutos da vida interna fluindo constantemente do inconsciente, de uma maneira que pode ser comparada com o desenrolar-se da criação. Da mesma forma que a criação natural se manifesta produzindo seres ou objetos, a energia psíquica floresce através da criação de imagens. Jung usa o termo arquétipo para designar aqueles símbolos universais que possuem a maior constância e eficiência; ou, em outras palavras, aqueles que possuem o maior potencial para estimular a evolução psíquica.


Todas as linguagens escritas têm sua origem num tipo especial de simbolismo: os sinais ou emblemas gráficos. Desde os desenhos rupestres, que o homem primitivo fazia nas paredes das cavernas, até as complexas caligrafias dos alfabetos contemporâneos, os símbolos gráficos servem para a comunicação de idéias, atitudes e sentimentos. O simbolismo gráfico da cruz é, esotericamente, um dos mais importantes.


Universo, símbolo de Deus

Toda forma, toda idéia, todo sentimento é símbolo de algo que foi concebido num plano de inteligência superior. O mundo angélico, por exemplo, não é mais que um protótipo ou expressão simbólica da divina esfera do infinito. O mundo celeste não é mais que um reflexo do mundo angélico. O mundo espiritual é o protótipo e o resultado simbólico dos reinos celestes. O mundo astral é o reflexo da vida espiritual. E, finalmente, o mundo material não é mais do que sombra concreta das regiões astrais.
Platão dizia que as idéias governam o mundo. E estava certo: porque, “antes que o ideal divino dimanasse do interior do sensório divino, o universo não existia. O resultado do ideal divino foi a criação de uma pura forma simbólica”.
O esoterismo considera que um símbolo é uma representação que oculta ou vela uma verdade subjacente interna, de ordem mental ou espiritual. Por isso, as doutrinas esotéricas dizem que determinadas figuras ou signos encobrem princípios filosóficos ou forças invisíveis. Nesse sentido, o universo é o próprio símbolo de Deus.

Nenhum comentário: